quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Divina da Silva Berti

"Tenho 75 anos, nasci no dia 28 de abril de 1937, na cidade de Gemirin, em Minas Gerais, acho que essa cidade nem existe mais ou parece que mudou de nome, mas não sei como se chama agora. Quando nasci, morei no sítio por um certo tempo.

Estudei o ensino mobral noturno.

Me casei no dia 29 de setembro de 1956. No mesmo ano tive minhas primeiras filhas, a Vilma, que já foi professora no colégio Abraham Lincoln, e a Beatriz. O meu marido, José Berti, conhecido como "Zecão da Moto", arrumou uma casa na fazenda Santa Fé.

Tive dez filhos, Vilma, Beatriz, Roselli, Roselene, José Filho, Maria Goretti, Sônia, as gêmeas Eliana e Eliete e o caçúla, o Márcio.

Trabalhei na escola Ângelo Impossetto e no colégio estadual Abraham Lincoln durante 30 anos. Comecei como faxineira e terminei como merendeira. Sou aposentada, mas eu amava trabalhar, nunca tive nenhuma intriga com nenhuma colega de trabalho. Eu amava o que fazia e quando aposentei entrei em depressão. Sinto saudade, se pudesse eu voltava.

A merenda não era tão boa, por que era só mingau, leite, macarrão, sopa e carne de soja. Nada era e enlatado como hoje e muito pouco era do governo, a maioria era a escola que comprava.

Na década de 1970 o colégio era diferente, no lugar do pátio que hoje está vazio, antes tinha árvores e tinha bancos e os três turnos eram lotados de alunos da 5ª à 8ª série. O ensino médio era o magistério, o secretariado e contabilidade.

A questão do uniforme era rígida, quem não fosse era dispensado, além do mais nem entravam na sala e na escola. O uniforme dos meninos do fundamental era saia azul de prega, blusa branca e sapatos com meia e os meninos era calça azul, blusa branca sem nada e sapatos com meia. Já os do ensino médio era saia cinza e blusa cor de rosa e sapatos com meia, para as meninas. Para os meninos do ensino médio era calça cinza, blusa branca e sapatos com meia.

Na minha época os diretores eram: Neide Vasconcelos, João Cavalcanti, José Trovão e secretária era a Maria Helena.

Ainda tenho contato com os meus colegas de trabalho, exceto a falecida esposa do Braulino e a Zelí, também já falecida. A Lourde Impossetto, a dona Carmem Mercúrio, Conceição Laurindo, a Cida e o Braulino ainda tenho amizade.

Depois que parei de trabalhar no colégio só sou dona de casa. 

Termino esse relato com alegria e deixo um recado: Faça o que te faz bem!"


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

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