domingo, 19 de agosto de 2012

Resultado da primeira eleição

Esse foi o resultado da primeira eleição realizada em Kaloré, que elegeu o primeiro prefeito do município. A administração foi iniciada com um grupo de corajosos que encararam a difícil missão, para a época, de estruturar uma distrito recentemente transformado em cidade.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Projeto

O projeto é desenvolvido pelos professores Edmilson R. da Silva e Elds M. da Silva, da disciplina de História, juntamente com os alunos do 7º Ano A e B do Colégio Estadual Abraham Lincoln - Ensino Fundamental e Médio.

A realização da atividade conta com o apoio da direção do colégio e também da equipe pedagógica. É fruto de uma parceria  com o Departamento Municipal de Educação e Cultura. Os resultados deste trabalho foram expostos à população kaloreense na II Semana Cultural de Kaloré, que ocorreu do dia 03 a 12/08 de 20012 e também podem ser conferidos neste blog.

O projeto será alimentado permanentemente com novas histórias, coletadas entre os familiares dos alunos, que receberão os devidos créditos, tanto das histórias como das imagens. Ainda conta com o apoio da Professora Leila Aparecida Keller, de Língua Portuguesa, que desenvolveu um projeto de resgate de memórias dos moradores de Kaloré.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Entrevistas - Maria José dos Santos Carvalho


 
“Meu nome é Maria José dos Santos Carvalho. Tenho 65 anos. Nasci em Pesqueira, no Estado de Pernambuco. Tinha 15 anos quando vim para Kaloré. Lembro que Kaloré em 1960 era só mato. A praça de Kaloré e a igreja foram os primeiros a surgir. As ruas eram de terra, as casas eram feitas de palmito e cobertas por tabuinha.

“Naquele tempo, não existia energia elétrica, se usava lamparina e lampião e o transporte era a cavalo. Cada família construía sua casa. Antigamente Kaloré pertencia a Apucarana, depois a Jandaia do Sul e depois a Marumbi. Após muita luta e viagens a Curitiba, Kaloré se tornou um município.

Antigamente havia muitos habitantes, cerca de 18 mil, como as grandes cidades da época, com o tempo o número de habitantes foi diminuindo, era 18 mil e hoje são apenas 5 mil.

Antes tinha 18 mil e hoje em dia só 5 mil habitantes , antes havia muitas pessoas que moravam no sítio. Muitas delas se mudaram para a cidade para tentar melhorar de vida e os meios de trabalho era colher café.

Para mim, antigamente era melhor de se viver , pois não havia brigas e nem violência . O povo era mais simples.”

Entrevistas - Braulino Rodrigues Fontes


 
“Eu sou Braulino Rodrigues Fontes. Tenho 73 anos de idade. Nasci em Minas Gerais e vim para Kaloré com 40 anos. A viagem foi meio ruim, porque a estrada antigamente era de terra e era muito ruim.

Vim para Kaloré para procurar melhoria de vida. Infância na verdade não tive, porque naquela época todo mundo começava muito cedo a trabalhar. Eu trabalhava na roça, e como eu acordava muito cedo, não tive oportunidade de estudar, isto me emociona muito!

Antes de vir para Kaloré, morei em Minas Gerais. Quando cheguei aqui, notei muitas diferenças entre Kaloré e Minas. Exemplo: aqui faz frio e em Minas nunca precisei usar blusa de frio. Aqui em Kaloré já mudei várias vezes de rua e de casas.

Quando cheguei, morei na rua Irineu Citino, dentro da escola Abraham Lincoln . A casa era simples e a escola também. Atualmente estou morando na Rua José Darienso.

Antigamente a estrada aqui perto era tudo terra, fazia muita poeira quando passava caminhão. Em minha vida, já tive momentos bons e ruins, mas marcou a minha vida foi quando eu perdi meu braço direito. Foi uma coisa que eu não queria ter perdido.

Antigamente Kaloré era muito feio, porque não havia asfalto, era tudo terra. Havia muito mato e poucas casas, poucos comércios, mas incrivelmente havia bastantes moradores.

Atualmente Kaloré está muito diferente do que era antigamente. Hoje tem 4 farmácias, pois antigamente não havia nenhuma farmácia e também não havia hospital.

É muito melhor viver agora, pois há muito mais tecnologia. Com minha experiência de vida, o conselho que eu dou para os jovens de hoje que eles estudem, que lutem pelos seus ideais e que eles tenham muita educação e respeito.”

Entrevistas - Benjamin Labegalini


“Sou Benjamin, Benjamin Labegalini. Hoje tenho 77 anos. Nasci em Jacutinga, Minas Gerais. Ontem estava me lembrando daqueles tempos vividos, onde passei minha infância. Em Jacutinga, morei com meus pais e meus 10 irmãos.

Decidimos vir para Kaloré quando meu pai ouviu dizer sobre as terras grandes e boas do Paraná. Ele pensou bem, vendeu nossas terras e comprou 5 alqueires para cada filho. Me lembro até a data que viemos pra cá . Foi exatamente 6 de agosto de 1949. Passamos dois dias viajando. Viemos eu mais um irmão, pois o resto de meus irmãos decidiram ficar de companhia com meus pais.

Quando cheguei, me surpreendi, pois só se vendia: açúcar, querosene,trigo e sal; pois o resto tínhamos como plantação. Não existia cemitério, nem hospital. Se alguém morresse ou simplesmente adoecesse, resolvíamos o problema indo à cidades vizinhas. Não tínhamos calçadão, por isso que a avenida era grande. Eita avenidinha boa!

Não havia supermercados como hoje, eram apenas barracas pequenas com espaço suficiente para as mercadorias vendidas. O fato que mais marcou minha vida até hoje foi a história de uma senhora que ia dar a luz e não havia parteiras para ajudar a coitada. Antes as pessoas eram mais unidas e felizes. Elas saiam mais como em terços, reuniões, etc.

Para todos jovens e crianças, eu aconselho a viver mais em união com sua família e com companhias boas, pois eu sendo tão experiente digo com todas as palavras: Viver unidos é que nos deixa felizes''.


Últimas imagens digitalizadas - Cedidas por Margarida Antonia Ornaghi

Década de 1960. Darci Ornaghi, Lúcia Pianêz, José Pianêz e Diva Labigalini

Março de 1988. Construção do Cemic. Foto de Darci Ornaghi.

Fevereiro de 1981. Darci Ornaghi. Sítio  do "Parússo".

Década de 1960. Em pé: Leonildo Valério, Vailson de Souza, Eduardo Preto. Agachados da esquerda pra direita: João Coelho, Ernesto Labigalini
, Darci Ornaghi e Valentin Impossetto
.
Década de 1960. A juventude da época assistindo um jogo de futebol. Segundo informaçõe
s, próximo onde é a praça atual.
Década de 1960. Desfile de 7 de setembro. O primeiro da direita para esquerda é: Fioravante Antonio Parússolo.

Década de 1980. Antonio Parússolo e sua lendária rural.

1951. A família Parússolo em Sertanópol
is, antes de vir pra Kaloré. Ana Perissato Parússolo, Maria Antonia Parússolo, Margarida Antonia Parússolo (no colo do pai) e Antonio Parússolo.
1981. Sítio do "Parússo".

Década de 1960. Lembrança do quartel do exército. José Pianêz

domingo, 12 de agosto de 2012

O projeto "Memórias Kaloreenses" precisa de você.

O projeto "Memórias Kaloreenes" precisa da sua ajuda. A intenção do blog é a preservação da história da nossa cidade. O blog ainda está longe de alcançar seu objetivo e talvez jamais alcance, pois a cada dia nos deparamos com novas histórias. Esse espaço é destinado à todas as pessoas que tiverem acesso ao blog, mas principalmente àquelas pessoas que já não moram em Kaloré e que se mudaram há muito tempo, mas que deixaram aqui muitas lembranças. Você que tem o pé aqui em Kaloré, preencha o formulário quantas vezes quiser, conte sua história pra que poçamos contar pra todo mundo o que você já fez pela nossa cidade!


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Segundo dia da Exposição

Ao clicar nos slides você será redirecionado para o álbum completo.


Banners da Exposição do Projeto

Ao clicar nos slides você será redirecionado para o álbum completo dos banners utilizados durante a Exposição do Projeto Memórias Kaloreenses, onde poderá olhar com mais atenção. Clique no link: https://photos.google.com/album/AF1QipNSewUuP8gSZ-S2Rq7a8AcRgB2loBdwA6eNqnmS


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Primeiro dia de Exposição

Hoje foi um grande dia para o Projeto Memórias Kaloreenes. A exposição foi recheada de surpresas, boas surpresas. O trabalho foi duro mas a recompensa veio em dobro, já que pudemos presenciar a emoção dos visitantes estampadas em seus olhos. A sensação de dever cumprido foi o pagamento pelo esforço.

As pessoas entravam pela porta da antiga farmácia e parecia que estavam entrando em um túnel do tempo. Memórias vindo à tona numa fração de segundo. Histórias surgindo como se tivessem acontecido ontem. Cada sorriso, cada olhar, cada pergunta, cada gesto significou muito para nós professores de história, afinal pudemos mostrar para os nossos mais jovens que devemos muito ao nosso passado. Não precisamos ir muito longe no tempo para compreender que nossa história foi feita por nós mesmos, representados pelos nossos pais e avós. 
Hoje os jovens puderam presenciar a participação concreta das pessoas que vieram antes deles na construção de nossa cidade, na transformação do espaço e também da construção de muitos dos costumes que temos hoje. Nada do que temos ao alcance das mão hoje veio de graça, pelo contrário, houveram muitas batalhas e todas elas foram vencidas para que hoje pudéssemos entrar por aquela porta e revisitar o passado, o seu, o meu, o nosso passado.

O projeto contou com a preciosa contribuição do Departamento de Educação e Cultura do município. A ajuda da professora Darlene foi imprescindível, bem como da professora Leila, que contribuiu com um trabalho realizado no ano de 2010 sobre as memórias de alguns moradores. Agradecemos também o apoio irrestrito do Colégio Estadual Abraham Lincoln, na pessoa do Diretor Jaime Ademir Roder e da Vice-Diretora Rosemary Porto Alves Pereira. É necessário agradecer ao Raimundinho Cividini que gentilmente cedeu alguns objetos do seu acervo pessoa. Agradecer aos pais dos alunos que acreditaram, de alguma forma, no projeto e ajudaram os alunos. E também é preciso agradecer o proprietário do prédio onde foi montada a Exposição, o senhor Renir Ramalho de Oliveira.

Abaixo um álbum de fotografias tiradas no primeiro dia da Exposição.


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